20/05/2025

Como saber se já posso me aposentar?

Essa é uma das perguntas mais comuns entre os trabalhadores, principalmente depois de tantos anos de contribuição ao INSS.

Com tantas mudanças nas regras da Previdência, é normal ficar confuso e sem saber ao certo quando chega a tão sonhada hora de parar de trabalhar e começar a receber a aposentadoria.

Afinal, o que vale agora: idade, tempo de contribuição ou os dois?

Neste artigo, a gente vai explicar tudo de maneira clara e sem enrolação. Você vai entender quais são os requisitos atuais para se aposentar, como consultar o tempo que já contribuiu, o que fazer se trabalhou como autônomo ou informalmente, e como ter certeza de que já pode fazer o pedido de aposentadoria.

Se você está perto de se aposentar ou só quer se planejar melhor para o futuro, fica com a gente. Vamos te ajudar a entender se chegou a sua hora — e como garantir o que é seu por direito!

 

1 – Qual a idade e o tempo mínimo para aposentadoria hoje?

2- Como descubro se já tenho tempo suficiente para aposentadoria?

3- Contribui como autônomo e informalmente, e agora?

4 – Como ter certeza se já posso me aposentar?

1 – Qual a idade e o tempo mínimo para aposentadoria hoje?

Depois da reforma da Previdência, que aconteceu em 2019, as regras da aposentadoria mudaram um pouco. Hoje, pra se aposentar pelo INSS, você precisa cumprir uma idade mínima e também ter um tempo mínimo de contribuição.

Funciona assim:

– Mulheres: precisam ter 62 anos de idade e pelo menos 15 anos de contribuição.

– Homens: precisam ter 65 anos de idade e também 15 anos de contribuição (mas para os que começaram a contribuir depois da reforma, o tempo mínimo sobe para 20 anos).

Além disso, tem outras regras chamadas de regras de transição, que servem pra quem já estava trabalhando antes da reforma. Essas regras são diferentes e tentam “aliviar” um pouco a mudança, como por exemplo a aposentadoria por pontos ou a que exige idade mínima progressiva.

A aposentadoria por pontos soma sua idade com o tempo de contribuição. Em 2025, por exemplo, as mulheres precisam somar 91 pontos e os homens 101 pontos.

Já a idade mínima progressiva vai subindo ano a ano. Então, dependendo de quando você começou a trabalhar, pode se aposentar com um pouco menos de idade.

Parece complicado, né?

Mas a boa notícia é que você pode consultar um advogado previdenciário para conferir a sua aposentadoria antes mesmo de chegar a hora de você se aposentar, assim, você vai conseguir programar a sua aposentadoria para receber o melhor valor possível dentro do seu cenário.

 

2- Como descubro se já tenho tempo suficiente para aposentadoria?

A melhor forma de saber se você já tem tempo suficiente para se aposentar é consultando um advogado especialista em Previdência, principalmente se você tiver períodos como autônomo, militar, servidor público ou trabalho no exterior.

Embora exista a calculadora do Meu INSS, ela costuma apresentar muitos erros — principalmente quando há vínculos como trabalho no exterior, período como autônomo, servidor público ou militar, tempo rural, entre outros.

Esses detalhes nem sempre são contabilizados corretamente pela ferramenta, o que pode levar a uma simulação errada e, pior, a um pedido de aposentadoria feito antes da hora ou com um valor menor do que o devido.

Um advogado consegue analisar todos os seus vínculos, identificar falhas no CNIS (cadastro de vínculos), e fazer um cálculo preciso e personalizado, garantindo que você não perca dinheiro nem tempo.

Imagine uma pessoa que trabalhou 3 anos como autônoma, pagando o INSS corretamente. Depois, foi servidora pública por mais 10 anos e, atualmente, trabalha com carteira assinada.

Ao acessar a calculadora do Meu INSS, ela percebe que esses 3 anos como autônoma não foram considerados, porque há um erro no CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), e o sistema só reconheceu os empregos com carteira assinada. O tempo como servidora pública também pode não aparecer corretamente se o regime for diferente (RPPS, por exemplo).

O resultado?

A calculadora indica que faltam ainda alguns anos para se aposentar, quando, na verdade, ela já poderia pedir a aposentadoria imediatamente ou dentro de poucos meses, dependendo da regra aplicada.

Um advogado previdenciário analisa todos esses detalhes, corrige o CNIS se necessário, verifica se há direito adquirido e aponta a melhor regra de aposentadoria para o seu caso — com o maior valor possível de aposentadoria.

3- Contribui como autônomo e informalmente, e agora?

Se você já trabalhou como autônomo, ou mesmo de forma informal (sem carteira assinada), ainda pode garantir que esse tempo entre na conta da sua aposentadoria — mas precisa correr atrás dos documentos e, em alguns casos, pagar retroativo.

Primeiro, vamos separar as coisas.

Se você foi autônomo e pagava o INSS por conta própria (como contribuinte individual), ótimo! Esse tempo normalmente já aparece no seu extrato do CNIS.

Agora, se você trabalhou por conta própria e não pagou o INSS, ainda dá tempo de regularizar. Você pode fazer um acerto, pagar os meses atrasados e incluir esse tempo no seu cálculo de aposentadoria. Mas tem uma pegadinha: o INSS pode exigir comprovação de que você realmente trabalhou na época, como recibos, notas fiscais, contratos, etc.

Já se você trabalhou sem carteira assinada, o chamado “bico”, também dá pra tentar reconhecer esse tempo. Mas vai precisar de provas, como testemunhas, comprovantes de pagamento, fotos, documentos que mostrem que você exerceu aquela atividade, e entrar com um pedido no INSS ou até uma ação na Justiça.

Esses períodos são super importantes, principalmente pra quem tem pouco tempo de contribuição formal. Muita gente acha que perdeu esse tempo, mas com organização e paciência, dá pra recuperar e fazer valer.

Então, se você trabalhou e não tem registro, não jogue fora esse tempo! Vale a pena procurar ajuda de um advogado previdenciário para ver se é possível incluir tudo no cálculo da sua aposentadoria.

 

4 – Como ter certeza se já posso me aposentar?

Pra ter certeza se você já pode se aposentar, não adianta adivinhar ou ir só pela idade. O melhor caminho é consultar um advogado previdenciário. Esse profissional tem conhecimento suficiente para analisar os seus documentos e até encontrar algum tempo de serviço que o INSS não computou — como trabalho rural, militar, autônomo ou até tempo especial com insalubridade.

E atenção: se você estiver perto de se aposentar, pode ser que valha a pena esperar um pouquinho mais, dependendo da regra. Às vezes, trabalhar mais seis meses ou um ano pode aumentar bastante o valor do benefício.

Então, pra ter certeza, confira com a ajuda especializada de um advogado previdenciário. Melhor garantir agora do que descobrir depois que ficou no prejuízo!

 


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